Pequena História Visual Da Violência - Artes Plásticas a Fotografia
Direção, Roteiro e Pesquisa: Paulo Menezes
Edição: Gianni Puzzo
Produção: Laboratório de Imagem e Som em Antropologia
LISA - USP
Apoio: FAPESP
Duração: 20 minutos
Ano: 2001
Sinopse: Este vídeo propõe um discurso crítico a respeito do que se pode conceber visualmente como violência, colocando em questão suas dimensões sociais e seus fundamentos, sejam eles religiosos, morais, políticos, formais, éticos, sexuais ou étnicos. Elaborando um discurso visual e cinematográfico a partir da composição de movimentos e de detalhes de imagens da pintura desde o século XV e da fotografia desde o XIX, chegando até o ano 2000, de Fra Angélico a Ofili, passando por Rembrandt, Goya, Caravaggio, Manet, Van Gogh, Cartier-Bresson, Capa e Eugene Smith entre outros, e em articulação visual com algumas peças de ópera, o vídeo mostra como a constituição de um fenômeno social como a violência é muito difícil de definir e de precisar. Por um lado, pela impossibilidade de encontrar os limites de suas dimensões no tempo e nas culturas. Por outro, pelo fato de que a mesma imagem na mesma cultura pode ser lida de maneiras diferentes tendo em vista a formação artística e visual de seu espectador. As imagens do vídeo mostram como a violência visual e as imagens denominadas "violentas" são difíceis de precisar pois todas as suas dimensões (morais, políticas, sociais, étnicas etc.) podem aparecer ao mesmo tempo na mesma proposição visual sem que o espectador possa perceber-se disso as separar de maneira conveniente para localizar seus limites. A proposição central é que a violência é um fenômeno social que não é somente aquilo que é mostrado de maneira direta pelas fotografias e pinturas (como imagens de pessoas machucadas ou mortas) mas séries de imagens muito mais sutis e não evidentes no que concerne às dimensões de suas próprias proposições violentas. Artistas cujas obras são utilizadas para a composição do vídeo: Fra Angelico, Holbein, Grünewald, Bosch, Caravaggio, Artemisia Gentileschi, Rembrandt, Goya, Van Gogh, Ensor, Heckel, Kirchner, Ian Berry, Manuel Alvarez Bravo, Beckmann, Orozco, Siqueiros, Eugene Smith, Francis Bacon, Robert Capa, Cartier-Bresson, Robert Frank, Diane Arbus, Andy Warhol, Huynh Cong, Robert Mapplethorpe, Jean Rustin, Gérard Musy, Egon Schiele, Manet, Gustave Klimt, Picasso, Rodin, Shelby Lee Adams, Jake et Dinos Chapman, Ron Mueck, Mat Collishaw, Marcus Harvey, Chris Ofili. Músicas: Wagner, Korsakov, Carl Orff, Alban Berg et Philip Glass.

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